Estava na fila para abastecer meu
carro e logo a frente havia outro carro que já estava abastecendo. Poucos minutos após parou outro
atrás do meu. Quando o meu acabou de abastecer e eu estava já de saída, o
veículo da frente ainda estava abastecendo e pelo fato do motorista estar de fora, subentendia que iria fazer o pagamento via cartão. Então comecei
a dar ré para sair e deixar que o de traz tomasse o meu lugar. Porém, este não saiu
do lugar mesmo diante minha ré. Esperei
um pouco e já que o mesmo não se afastou, comecei a manobrar meu carro de forma
que conseguisse sair em tão pouco espaço.
Ao perceber, o rapaz que estava dentro do carro começou a buzinar e
tirou a cabeça para fora do veículo gritando para mim:
"Tá difícil aí dona?"
Minha raiva foi total e naquele momento tentei resgatar meus
ensinamentos de ética e canalizar minha raiva, porém, aquela buzina em meus
ouvidos foi me irritando e a única coisa que me veio em mente, foi que se eu
fosse um homem ele jamais teria tal atitude. E que se eu estivesse acompanhada
de um certamente este teria descido do carro e começado a famosa briga de trânsito
que todos sabem onde termina.
Depois de percorrer uns 20 quilômetros, comecei a estabilizar minha
adrenalina que talhava o sangue. Nesta hora minha tristeza superou a raiva e me
fez pensar o quando as mulheres ainda são tratadas como objetos, desrespeitadas
e desvalorizadas pelo preconceito de alguns homens ignorantes. Assim como o
assassinato de uma Procuradora de Estado pelo próprio marido, ocorrido esta
semana num bairro nobre, mas que chocou o Brasil todo com tamanha violência. Homens
como aquele que me tirou do sério são iguais a estes que matam mulheres
aproveitando de suas fraquezas físicas.
As mulheres de hoje não querem ser como os homens, nem tão pouco tomar
seus lugares, nós mulheres queremos apenas que nos respeitem dentro de nossas
diferenças e dentro daquilo que fazemos e sentimos.
Se eu tivesse tido a coragem de gritar e soltar todo o veneno que ele me
fez produzir, seriam estas palavras:
“Seu grosso, animal, homem das cavernas, roubou este lixo imundo de
educação onde, infeliz, mal amado, etc, etc”...
Mas estaria me juntando a ele e quem sabe sendo mais baixo ainda, então
tratei de engolir minha raiva.
Mas hoje ao contrário de tudo isto, tive uma experiência magnifica e
senti muito orgulho de compartilhar da ideia.
Uma empresa de transportes, preocupada com a qualidade de trabalho de seus
motoristas está contratando meus serviços não só para eles, mas também para
suas esposas. Pois sabendo que se elas forem felizes e tiverem um
acompanhamento assim como seus esposos, o índice de acidentes de trabalho
reduzirá consideravelmente.
Estou no ramo de palestras e treinamentos têm muitos anos e foi a
primeira vez que uma Empresa despertou para a importância de uma mulher na vida
profissional de um homem.
Aqui deixo minha indignação ao preconceito sobre as mulheres e deixo
também meus parabéns a esta Empresa que com toda certeza não só terá sucesso
como será para sempre próspera.
$ucesso
andrea.mnogueira@yahoo.com.br
GOSTEI DA IDEIA E QUERO COLOCAR EM MINHA EMPRESA TAMBÉM
ResponderExcluirBela lição de vida minha amiga! O ódio só gera mais ódio, a raiva só faz despertar o de mais primitivo existe no ser, sua animalidade. E quando falo animalidade, falo no sentido mais brutal e hediondo que esta palavra possa nos trazer, que é o da cegueira pela ignorância total de princípios morais e éticos.
ResponderExcluirO ser humano precisa aprender a respeitar e a amar o seu próximo, precisa começar a semear coisas boas, frutas tenras, para que suas colheitas futuras possam ser saborosas no sentido da fraternidade e da compreensão.
Tenha um bom dia minha amiga, Paz e Luz em sua vida.
Naldo Velho