Houve uma chuva muito forte aqui na Região dos Lagos pouco
tempo atrás. O mar ficou perigoso e as embarcações foram proibidas de
circularem. Passado alguns dias eu e minha família fomos até a praia e estava
impossível de entrar no mar devido à sujeira que ele “cuspia” a cada onda que
lambia a areia.
Ele estava devolvendo tudo aquilo que haviam jogado dentro
dele. Só que nem todos que ali estavam eram responsáveis pelo depósito daquele
lixo nele, mesmo assim todos estavam colhendo as consequências da fúria da
natureza.
Ficamos ali impressionados com as coisas que ele deixava na
areia, um lixo nojento, infelizmente esta é a expressão.
Agora que tal fazermos uma analogia deste caso que acabo de
relatar com nossa vida?
Assim como a natureza, nós também cometemos o mau hábito de
guardar tudo aquilo que nos fere, machuca, nos polui a mente. E quando estamos
com raiva, enfurecidos, soltamos tudo aquilo que guardamos, numa tentativa de
aliviar nossa alma, porém no momento que “cuspimos” podemos ferir alguém que
não tem tanto a ver com nossa ira.
E como decorrência, poluímos a mente de outra pessoa que
passará pelo mesmo processo algum dia.
O que devemos saber desta história toda é o lugar exato do
lixo.
Ter o cuidado de pontuar na hora da insatisfação todas as
situações que não estamos de acordo.
E não guardar.
O diálogo é um afixo de inteligência e de evolução.
Pense nisto.